De acordo com estimativas de um estudo europeu publicado no periódico Britsh Medical Journal na última terça-feira (24), um em cada 20 casos de melanoma é causado por bronzeamento artificial. Os pesquisadores também constataram através das análises que mais de 800 pessoas morrem por ano devido a este tipo de tratamento que deixa a pele com um aspecto mais bronzeado.
Bronzeamento artificial e câncer de pele
Outras constatações foram feitas graças ao estudo, considerando a incidência do tipo de câncer de pele mais letal. Segundo as informações, as pessoas que começam a fazer banhos de radiação antes dos 35 anos possuem 87% mais chances de sofrer com doenças, sobretudo o melanoma.
Para estabelecer a relação entre o bronzeamento artificial com o câncer de pele, os especialistas que contribuíram com a nova pesquisa avaliaram 27 estudos, que foram divulgados entre 1981 e 2012. Em suma, as estimativas foram baseadas em 11 mil casos de câncer de pele.
Descobriu-se que, a cada sessão de bronzeamento artificial, o risco de câncer de pele aumenta 2% ao final de cada ano. Os autores do trabalho constataram ainda que, dos 64.000 novos casos de melanoma na Europa, 3.400 estão relacionados ao efeito do bronzeamento artificial.
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O perigo do bronzeamento artificial
As estimativas publicadas recentemente no Britsh Medical Journal só reforçam as informações obtidas em estudos anteriores. Em alguns países, os riscos oferecidos pelas camas de bronzeamento já são considerados, por isso as autoridades de saúde desenvolvem políticas conscientização para alertar os perigos do ‘bronze’ artificial.
No Brasil e em outros 11 países, pessoas com menos de 18 anos de idade não podem se submeter às sessões de bronzeamento artificial. Entretanto, o cuidado ainda se revela pequeno diante dos males causados pela exposição aos dispositivos cancerígenos. Como os tratamentos não trazem benefícios para à saúde, a administração dos equipamentos deveria ser mais intensa e cautelosa. Levando em conta a gravidade da situação, muitos consideram a hipótese de proibição total.
Nem todos os especialistas concordam com as restrições à técnica que utiliza as camas artificiais de radiação ultravioleta. Para John Overstreet, diretor-executivo do grupo da indústria da Associação bronzeamento artificial, os equipamentos estão sendo aprimorados para não prejudicar tanto a saúde das pessoas. Ele afirma que, nos Estados Unidos, a aplicação é rigorosa e controlada, além do que leva em conta várias informações sobre o cliente, como tipo de pele e tempo de exposição.
Entretanto, os médicos alertam que o bronzeamento artificial pode viciar e muitos acabam perdendo o controle sobre o número de sessões realizadas para conquistar o bronze perfeito. Além de aumentar o risco de câncer de pele, a compulsão por estar bronzeado é uma doença que se chamada tanorexia.
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