Adenomas no fígado: saiba mais

O adenopa hepático, um tipo de neoplasia benigna do fígado, ganhou destaque na mídia após o cantor de axé Netinho ser diagnosticado com a doença. Acabe com as principais dúvidas sobre o assunto e saiba mais sobre o adenoma de fígado.

Netinho está com adenomas no fígado.

O cantor Netinho foi recentemente diagnosticado com adenoma hepático. (Foto: divulgação)

Principais fatores de risco

Existe uma relação bastante estreita com o uso de anticoncepcionais orais e o adenoma hepático, sendo que 30 a cada 100 mil mulheres que fazem uso de pílula irão desenvolver a doença. O risco é maior no caso de indivíduos acima de 30 anos e que usam a medicação hormonais há mais de 5 anos. A incidência dessa doença em homens é maior nos indivíduos que fazem uso de esteroides anabolizantes.

Também é possível que o aparecimento do adenoma hepático esteja relacionado a outras patolgias, especialmente no público masculino. É o caso da doença de acúmulo de glicogênio tipo I, tirosinemia e galactosemia.

O adenoma hepático geralmente é um achado nos exames de imagem. (Foto: divulgação)

Sintomas do adenoma hepático

Normalmente os portadores dessa doença não apresentam nenhum sintoma e o diagnóstico é feito através de exames de imagem para investigação de outros problemas de saúde. Em casos menos frequentes é possível que ocorra sangramento intratumoral, resultando em dor abdominal, com necessidade de cirurgia de urgência. O risco desse tipo de complicação é maior durante a gestação e imediatamente após o parto.

É importante esclarecer que o adenoma hepático é um tumor benigno e as chances de se transformar em um hepatocarcinoma são bastante pequenas. Também é muito importante não confundir essa doença com adenomatose hepatocelular, que cursa com sintomas distintos e precisa de tratamento completamente diferente ao do adenoma hepático.

Tratamento

Todos as lesões menores que 4 cm podem ser tratadas com a interrupção do uso de anticoncepcional, com grandes chances de regressão espontânea dos tumores. No caso de lesões maiores ou que apresentem alguma suspeita de malignidade ou risco de complicação por hemorragias, está indicada a cirurgia para retirada do tumor.

A cirurgia também é uma opção para os casos de tumores pequenos que não regridem com a parada do uso de anticoncepcionais ou quando essa medida não se aplica ao caso. Outra alternativa é tratar esses tumores com agulha de radiofrequência, seguida por exames frequentes de imagem, que servem para controle.

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A ocorrência dessa neoplasia está relacionada à realização de terapias hormonais. (Foto: divulgação)

O adenoma hepático é um tumor benigno que ganhou destaque na mídia. Sua ocorrência está intimamente ligada a terapias hormonais e, na maioria dos casos, cursa sem manifestações clínicas. O tratamento é simples e o risco de malignização existe, porém é baixo.

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