Para educar seus filhos você precisa conhecer algumas habilidades básicas. Se você começa a trabalhar com elas, poderá controlar a maior parte das situações que se apresentem. A principal e indispensável é a comunicação. No caso das mães, um tipo diferente de comunicação começa na gestação. Pesquisas provam que já no útero, a partir de um dado momento, a voz da mãe pode ser ouvida e reconhecida.
Depois do nascimento, as “vozes” se expandem e com o passar do tempo, a criança reconhece tons, sentimentos, mensagens e comandos nas vozes não apenas de seus pais, mas das demais pessoas ao redor. Por isso, é preciso que você siga as regras de ouro na comunicação com seus filhos:
Fale e escute cuidadosamente, você precisa de uma forma eficaz para expressar aos seus filhos suas ideias e seus desejos. Isto é comunicação. Fale com clareza, com precisão e sem muito palavreado. Tenha o tempo necessário para escutar. Em qualquer relação, até no seu cabeleireiro, se você não se comunica eficazmente, ou se não pode fazê-lo, você está definitivamente perdido!
Ser específico é o oposto de ser impreciso e a maior parte das pessoas fala de maneira imprecisa. Por acaso você não detesta falar com essas pessoas que não expressam com clareza o que querem? A falta de precisão pode ser uma benção para um político ou para um alto executivo, mas pode ser perigosa para a educação.
Quando falamos com nossos filhos devemos ser claros sobre nossos desejos. Eles nem sempre têm o mesmo ponto de referência que nós temos. Assim, quando dizemos: “Venha arrumar seu quarto”, devemos ser específicos sobre o que significa “arrumar”. Para nós pode significar deixar o local assepticamente limpo, mas eles podem pensar que se trata somente de ampliar o caminho entre a cama e o armário.
Falação, hoje é a doença do século, quando sobram programas de rádio falados, os espetáculos de televisão do mesmo gênero, e a falação com a qual não se ganha nada. As pessoas adoram se ouvir falar. As crianças não gostam de nos ouvir falar; eles preferem que sejamos diretos. Se nos estendemos demasiadamente no que falamos, suas mentes começam a divagar e não ouvem a metade do que lhes estamos dizendo. Mas comunicar-se também significa escutar. É uma via de mão dupla: falamos e escutamos. Se não escutamos, falar não equivale a nos comunicarmos. É encher o ambiente com ruído enquanto o ar se recicla em nossos pulmões. As crianças captam isto muito rapidamente.
As regras básicas da comunicação são: ser específicos sobre o que desejamos, e não tagarelar quando falamos.
- Seja específico!
- Seja direto!
Sim! Às vezes é útil se expressar com o linguajar dos advogados. Mas quando você diz: “Vamos ao supermercado, por isso se comporte”, você quer dizer com isto: “Vamos fazer compras. Não mexa em nada, não peça nada, não grite, não toque nas carnes e, por favor, fique quietinho no carrinho. Seja específico com referência ao que você deseja. “Comportar-se” pode ter significados diferentes para você e para seus filhos.
Falar para uma criança pequena é fácil. Ela pega uma maçã e você diz: “Não!”. Ela começa de novo a pegar a maçã e você diz: “Não!”. Esta situação pode se repetir até que você se dê conta de que deve tirar a criança de perto das maçãs. Não tagarele: “Meu amor, por favor, não mexa nas maçãs. Se você tocar essas lindas maçãs vermelhas, elas podem cair todas no chão e a mamãe vai ficar muito envergonhada”. O que a criança ouve é: “Meu amor, blá maçã blá, blá…” A comunicação é a chave principal de nossa relação com nossos filhos.
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