Se atualmente o axé, o samba e outros ritmos como o sertanejo universitário, o funk e o pagode são os mais tocados nos carnavais pelo Brasil afora, nos primeiros anos do século passado os foliões se divertiam ao som das clássicas marchinhas de carnaval.
Criadas por grandes compositores, como Chiquinha Gonzaga, Lamartine Babo e Zé Keti, entre outros, as marchinhas mais antigas ainda fazem um grande sucesso, principalmente nas festas de carnaval mais populares, agradando às pessoas de diferentes faixas etárias.
A seguir, vamos relembrar algumas das marchinhas de carnaval que marcaram época.
Ó Abre Alas
Considerada a primeira marcha carnavalesca da história, a composição foi escrita por Chiquinha Gonzaga, em 1899, para homenagear o Cordão Rosa de Ouro, tornando-se um dos símbolos do carnaval carioca.
Touradas em Madri
De autoria de Alberto Ribeiro e Braguinha, a marchinha surgiu no carnaval de 1938, mas se popularizou mesmo na Copa de 1950, sendo cantada em uníssono pelo público presente ao Maracanã, na goleada de 6 a 1 do Brasil contra a Espanha.
Máscara Negra
Escrita por Zé Keti em 1967, em meio à grande popularidade de ritmos como os sambas-enredos, a bossa nova e o movimento tropicalista, a canção ajudou a recuperar o prestígio das marchinhas.
A Jardineira
Segundo historiadores, essa marcha-rancho teria surgido no final do século XIX, tendo sido escrita pelo carnavalesco Candinho das Laranjeiras. Mas a fama veio a partir de 1939, na letra criada (ou adaptada) por Benedito Lacerda e Humberto Porto.
Allah-lá-ó
Criada em 1940, por Haroldo Lobo-Nássara, a canção faz sucesso até os dias atuais, sendo lembrada principalmente quando está muito quente (“mas que calor, ô, ô, ô, ô, ô, ô…”).
Aurora
Também de 1940, a marchinha escrita por Mário Lago e Roberto Roberti foi criada em uma quarta-feira de cinzas e já estava na boca do povo no dia seguinte.
Mamãe Eu Quero
Apesar do sucesso ter surgido na voz de Carmem Miranda, em 1941, a canção original é de 1937 e foi escrita por Jararaca e Vicente Paiva.
O Teu Cabelo Não Nega
Originalmente, a canção era um frevo, escrito pelos pernambucanos Raul Valença e João Valença. Mas ela foi dada a Lamartine Babo, para ganhar um “jeito mais carioca”.
Turma do Funil
Composta em 1956 por Mirabeau, Milton de Oliveira e Urgel de Castro, a marcha tornou-se uma espécie de “hino à boemia”. Foi regravada por Tom Jobim, Miúcha e Chico Buarque, em 1980.
Me dá um dinheiro aí
Ivan, Homero e Glauco Ferreira são os autores da canção, escrita em 1959 e que se popularizou na voz de Moacir Franco.
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