O filme “Maria”, dirigido por Pablo Larraín e estrelado por Angelina Jolie como a lendária soprano Maria Callas, apresenta um desafio para o designer de produção Guy Hendrix Dyas: criar um cenário que reflete a vida grandiosa e solitária da artista. A instrução inicial do diretor foi clara: “Ela [Callas] é a joia, e eu tive que criar a caixa de joias”.
O longa segue Callas em suas últimas semanas de vida, mostrando flashbacks de momentos importantes de sua carreira, como seu relacionamento com Aristóteles Onassis e apresentações icônicas no La Scala, na Itália. Paralelamente, o filme retrata suas lutas internas, agravadas pelo uso de medicamentos e pelo impacto de memórias dolorosas enquanto tenta voltar aos palcos pela última vez.
Grande parte do filme se passa no apartamento de Callas, em Paris, onde a soprano viveu seus últimos dias. Embora o proprietário atual do imóvel tenha proibido Dyas de fotografar o local, ele fez esboços detalhados durante sua visita. Com base no roteiro, o designer de produção conseguiu criar um cenário que combinava a grandiosidade e a solitária vida de Callas.