Como o iodo prejudica a gestação?

Uma alimentação balanceada, rica em vitaminas, minerais e fibras é uma ótima forma das futuras mamães garantirem o bem-estar e a saúde de seus bebês. Dentre os minerais importantes está o iodo. Durante a gestação ele é muito importante e a deficiência pode comprometer o feto. Saiba mais sobre como o iodo prejudica a gestação.

O iodo é muito importante para o desenvolvimento fetal. (Foto: divulgação)

Iodo na gestação

No começo da gestação, a captação de iodo pelo sistema renal é maior do que nos outros momentos da vida. Com o passar do tempo, ocorre um “roubo” de parte do iodo da tireoide pelo rim. Como reação, a tireoide aumente sua captação, acarretando diminuição da perda renal do mineral. Além disso, entre a 12ª e 16ª semanas de gestação, a tireoide do feto começa a trabalhar, iniciando a captação do iodo, diminuindo ainda mais o mineral no organismo da mãe. Dessa forma fica fácil perceber a necessidade de uma alimentação rica em iodo pelas gestantes. A falta do iodo nas grávidas pode causar graves problemas ao feto.

Segundo pesquisas, o sistema de captação desse mineral é o primeiro mecanismo fisiológico a surgir na vida tireóidea fetal. Dessa forma, a partir da 16ª semana de vida intrauterina temos três sistemas brigando pelo escasso iodo na gravidez. Ou seja, a tireoide materna, fetal e o sistema renal. Por isso, durante a gestação é necessária uma ingestão maior de iodo para atender as necessidades da gestante e do feto.

A alimentação deve conter iodo. (Foto: divulgação)

Como o iodo prejudica a gestação?

A deficiência de iodo crônica atinge cerca de 2 bilhões de pessoas, cerca de 30% da população mundial. As áreas mais atingidas são África, Ásia, Indonésia e leste Europeu. Caso não haja suplementação de iodo fornecida pelo governo, a criança receberá baixas quantidades desse mineral na vida uterina, acarretando sérios problemas no seu desenvolvimento.

Como consequência, a produção dos hormônios da tireoide (T3 e T4) será muito baixa e o sistema neurológico da criança se torna muito sensível. Tudo isso pode causar danos na vida uterina ou pós-natal, sejam estruturais ou disfunções cerebrais.

Segundo pesquisas realizadas nos Estados Unidos com mulheres em idade fértil, a excreção urinária de iodeto foi de 128 microgramas do mineral por litro de urina, quando o ideal seria 250 microgramas desse nutriente. No grupo com baixa ingestão de iodo, observou-se que 37% apresentavam excreção inferior a 100 mcg de iodo por litro de urina, o que indica falta de iodo para mãe e feto.

A alimentação saudável é importante na gestação. (Foto: divulgação)

Durante a gestação, a mulher necessita de pelo menos 250 mcg de iodo por dia para atender as necessidades de sua tireoide e do bebê. Sendo assim, o mais indicado é apostar no consumo de alimentos ricos em iodo e também em suplementação contendo no mínimo 150 mcg de iodo por drágea. O mais indicado é consultar o médico para avaliar o caso e indicar o tratamento correto.

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