Atualmente, há 38,9 milhões de automóveis de passeio em todo o Brasil, segundo dados verificados em agosto desse ano. Esse número é assustador, principalmente porque cada carro prejudica o meio ambiente com a emissão de gás carbônico e as estradas, por causa do trânsito. De acordo com o IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, nos últimos 15 anos, o número de automóveis cresceu a uma taxa de 7% ao ano, enquanto o de motocicletas, 15%.
Porém, esse número é cada vez maior devido às dificuldades encontradas no transporte público brasileiro. A Rede Nossa Paulo fez uma pesquisa e concluiu que 60% dos paulistanos prefeririam deixar o carro na garagem para irem ao trabalho de transporte público. Entretanto, isso não é possível devido à má qualidade do serviço oferecido. Então as ruas e as avenidas das cidades ficam congestionadas e a poluição é cada vez maior.
Países como a Holanda, França, China, Japão não sofrem tanto com o problema gerado pelos automóveis particulares porque investem no transporte não motorizado através de ciclovias e aluguéis de bicicletas em estações de trem ou de metrô. No Brasil, algumas cidades têm investido nas ciclovias e no transporte de bicicletas em metrôs, o que tem surtido bons efeitos. Contudo, a cultura brasileira ainda deve ser modificada para a aceitação e o respeito das bicicletas nas ruas. Com o trânsito das grandes cidades, às vezes é possível chegar a um lugar mais rápido de bicicleta que de transporte, seja ele particular ou coletivo. Além do mais, elas contribuem bastante para manter o meio ambiente saudável.
Uma das maiores dificuldades do transporte público encontra-se na pequena oferta de transporte pela rede à grande população, o que causa o congestionamento de pessoas em ônibus, trens e metrôs, principalmente nos horários de pico. Eles ficam lotados e muitas pessoas têm que fazer longas viagens em pé e apertadas. Além do mais, muitas delas precisam fazer baldeações, o que faz com que elas passem até 4 horas em transportes públicos de baixa qualidade.
O metrô e o trem são as grandes saídas dos congestionamentos sobre o solo. Entretanto, a rede ferroviária ainda não alcança todos os bairros das grandes cidades e a oferta de trens é pequena para a enorme demanda diária de passageiros. Por isso, grandes investimentos governamentais poderiam ser feitos nessa área.
Em algumas cidades, há vias destinadas especialmente aos ônibus, o que torna as viagens muito mais rápidas. Se essa medida fosse adotada em todas as grandes cidades, mais pessoas adotariam viajar de ônibus para o trabalho e mesmo para atividades de lazer.
Além dos problemas citados acima, muitos transportes públicos não passam por manutenção constantemente e, por isso, quebram no meio do caminho, deixando milhares de pessoas nas ruas e longe de suas casas ou do trabalho. Sendo assim, se o investimento fosse feito na manutenção dos ônibus e trens das cidades, os gastos poderiam ser menores que os usados nos consertos desses meios de transporte.
Até a Copa do Mundo e as Olimpíadas, o Brasil terá que melhorar o seu transporte público para mostrar ao mundo que é um país capaz de recepcionar milhares de pessoas e de oferecer bom transporte público para a sua população. Para isso, é preciso vencer as dificuldades encontradas no transporte público atuais.
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