Crítica | Babygirl é drama que não sabe o que quer ser quando crescer
Quando Babygirl se inicia, um filme do passado aparece imediatamente na mente: De Olhos Bem Fechados, o último trabalho do lendário Stanley Kubrick. Temos Nicole Kidman quase que numa continuação da personagem vivida ao lado de Tom Cruise: uma mulher sofisticada e casada que vive em Nova York mas que, apesar da aparência de núcleo familiar feliz, convive com insatisfação e fantasias ocultas em seu casamento.
Quando o enredo começa a se desenrolar, ele é bastante promissor: a história não faz concessões baratas ao olhar malicioso do público, e conduz a narrativa com sobriedade e um nível de tensão latente. A audiência fica em suspenso, esperando por algo que pode acontecer a qualquer momento.
No entanto, Babygirl não consegue encontrar um direcionamento claro e se perde em uma mistura de gêneros, tornando difícil para o espectador se envolver com a história. Embora tenha um começo promissor, o filme não consegue manter o nível de tensão e suspense, e a história acaba se tornando confusa e sem objetivo claro.