O processo de troca de mercadorias ou serviços por outro item que tenha um valor equivalente é muito antigo. O que conhecemos, hoje, por dinheiro é a forma mais comum, no mundo todo, de representação destas trocas. Bens materiais ou mão de obra são trocados por papéis e estes, por sua vez, são trocados por quaisquer outras coisas que o seu detentor deseja. Aparentemente, é um processo simples; no entanto, nem sempre isto existiu e funcionou desta forma.
No Brasil e no mundo, as trocas mais antigas eram realizadas por meio de produtos de usos diversos. No início da colônia brasileira, após o descobrimento, as primeiras moedas que circularam no país eram trazidas pelos colonizadores ou invasores. Havia, portanto, moedas portuguesas, espanholas e até holandesas.
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Durante os primeiros séculos de colonização, não havia moedas suficientes. Por isso, muitas mercadorias, como açúcar, algodão, cravo, cacau ou ferro eram utilizadas como dinheiro. No final do século XVII, devido à carência de moedas circulantes e o consequente comprometimento da economia brasileira, foi criada a primeira Casa da Moeda, na Bahia. Por meio dela, moedas em cobre e, mais tarde, prata, eram cunhadas e entravam em circulação, para a troca de produtos. Mas não era somente este tipo de objeto que valia dinheiro, aqui no Brasil. Outros produtos, como ouro em pó ou em barras, também eram utilizados, nestas trocas.
Dinheiro brasileiro em papel – as cédulas
As primeiras cédulas começaram a ser emitidas, no Brasil, no ano de 1833. O governo ordenou que as pessoas trocassem suas moedas (que eram, na grande maioria, falsificadas) por tais notas. O Império deu a elas o valor de “Réis”. Outros 63 tipos de notas passaram a ser emitidas, ao longo dos anos, até 1888.
No período Republicano do Brasil, 99 tipos de notas circularam pelo país. Este dinheiro continuou com o nome de “Réis”, que era o plural de “Real”. Um milhão de réis equivalia ao chamado “Conto”. Para exemplificar, hoje, nossa moeda é o Real; no entanto, seu plural é “Reais”. Se tivéssemos 1 milhão de reais, seria o equivalente a dizermos “Um conto de reais”. Esta moeda vigorou até o ano de 1942, quando o então presidente Getúlio Vargas deu início a algumas mudanças.
Em 1942, Getúlio Vargas retirou três zeros da moeda e chamou-a de “Cruzeiro”. Portanto, quem tinha 5 mil réis passou a ter 5 cruzeiros. Até o ano de 1944, muitas cédulas de réis continuaram sendo aproveitadas, devido ao seu grande número, em estoque. A partir daí, as notas de cruzeiros passaram a vigorar.
Até o ano de 1986, o Cruzeiro sofreu mudanças, passando a “Cruzeiro novo” e, mais tarde, voltando a “Cruzeiro”. Somente no governo de José Sarney, nosso dinheiro perdeu outros zeros e passou a se chamar “Cruzado”.
O Cruzado vigorou até 1988. Em 1989, no entanto, nosso dinheiro mudou para “Cruzado novo”.
O Cruzado novo vigorou apenas um ano, quando o presidente Fernando Collor de Mello retornou ao Cruzeiro.
No governo Itamar Franco, em 1994, nosso dinheiro passou a ser o “Cruzeiro real”.
Finalmente, nosso dinheiro passou a ser chamado de “Real”, como hoje o conhecemos. Essa mudança ocorreu ainda no ano de 1994, permanecendo até os dias atuais.
Curioso o dinheiro brasileiro, não é mesmo? Quando será a próxima mudança, em seus zeros e seu nome?
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