Na última segunda-feira, 8 de julho, o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, fez um anúncio sobre o aumento da carga horária dos cursos de medicina na rede pública e privada brasileira, sendo que agora o estudante terá que ficar 8 anos na universidade (antes eram 6 anos).
A resolução passa a valer a partir de janeiro de 2015, sendo que os estudantes que ingressarem na faculdade de medicina terão que obrigatoriamente completar um ciclo de dois anos em grade curricular de atuação no Sistema Único de Saúde (SUS). A intenção do governo é que essa experiência como médico do SUS, humanize o profissional.
Classe médica é contra obrigatoriedade de trabalho no SUS
A medida anunciada por Mercadante foi muito criticada por organizações ligadas a classe médica, que acreditam que ela pode “favorecer a exploração”. “Trata-se de uma manobra, que favorece a exploração de mão de obra. Não se pode esquecer que os estudantes já realizam estágios nas últimas etapas de sua graduação e depois passam de três a cinco anos em cursos de residência médica, geralmente em unidades vinculadas ao SUS”, disse oficialmente a Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR), a Associação Médica Brasileira (AMB), a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) por meio de uma carta conjunta.
Estudantes de medicina serão supervisionados durante estágio
Para estagiar no SUS durante dois anos alunos vão receber uma bolsa custeada pelo governo federal, além de uma autorização provisória para exercício da medicina. Fica sob responsabilidade da instituição de ensino superior o acompanhamento desses futuros médicos.
“Eles vão receber bolsa de estudo para fazer este trabalhão e esse período poderá ser usado como residência médica. Ele vai terminar a sua formação trabalhando no Sistema Único de Saúde, dando sua contribuição, humanizando”, declarou Mercadante.
Quem estudar medicina na universidade privada deverá receber uma isenção enquanto estiver atendendo pelo SUS. A meta do governo é criar 11,44 mil oportunidades em universidades públicas e privadas até 2017, principalmente em regiões carentes do país e que esteja precisando de médicos com urgência.
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