A doação de órgãos é um assunto polêmico, pois levanta uma série de questões delicadas e que muitas pessoas não estão preparadas para enfrentar. Ao redor do mundo inteiro é possível conferir diversas campanhas que tentam encorajar o público a considerar essa opção como forma de salvar outras vidas, mas que nem sempre acabam sendo aderidas da maneira esperada.
Embora pessoas vivas também possam doar alguns órgãos como rins, pele ou parte do intestino, a maioria dos processos mais importantes de doação de órgãos acontece depois que um doador tenha falecido. Esclareça as principais dúvidas sobre o assunto e saiba se vale a pena autorizar ou não a doação de órgãos.
Como a doação de órgãos funciona
O transplante de órgãos ocorre sempre que uma vítima de morte cerebral manifesta o desejo de doação em vida ou o processo é autorizado pelos familiares do paciente. Órgãos como coração, pulmões, fígado, rins e córneas são colhidos por uma equipe especializada em sua remoção, e são devidamente armazenados e enviados para pacientes que necessitam do transplante.
A doação também pode ser utilizada para ajudar vítimas de queimaduras com enxertos de pele, vítimas de trauma abdominal com doação de tecido intestinal além de veias, artérias, válvulas cardíacas, ossos e tendões.
Por que considerar a doação de órgãos
O principal motivo para doar órgãos é que essa atitude é capaz de salvar não apenas uma, mas várias vidas. Dar a alguém um novo rim, coração ou até mesmo um conjunto de pulmões torna possível uma vida com mais qualidade. Vale lembrar que todo procedimento é isento de custos para a família do doador. Além disso, apesar de fatores religiosos terem grande influência nesse tipo de intervenção, a maioria das religiões é favorável quanto a doação de órgãos.
Entre os principais argumentos utilizados por quem questiona essa prática, está a preocupação sobre a ética médica. Entretanto, é preciso entender que a prioridade da equipe de saúde em uma situação de emergência é salvar a vida do acidentado. Caso todos os esforços falhem e a pessoa é declarada com morte cerebral, tem início a procura por um receptor compatível e manutenção da viabilidade os órgãos que serão recolhidos. Nenhum profissional sério deixaria uma pessoa morrer para recolher seus órgãos, até porque eles acabariam sendo inviáveis caso o doador não estiver em condições.
Tudo ocorre de forma bastante clara e, mesmo que o doador tenha expressado em vida o desejo de doar os órgãos, sua família sempre será consultada para aprovar ou não qualquer tomada de decisão.
A doação de órgãos é um assunto polêmico e cercado por alguns mitos que atrapalham a tomada de decisão. Todo procedimento é realizado de forma bastante transparente e, além de não haver nenhum tipo de custo para a família do doador, ainda é possível salvar não apenas uma, mas várias vidas, e por isso vale a pena.
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