É difícil saber quem vai estar entre os 5 mil novos casos de câncer de pele, cogitados pelo Inca (Instituto Nacional do Câncer) para ano que vem. Porém, a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) já calculou que 63,53% dos brasileiros, correm o risco de agregar estas estatísticas.
A percentualidade é relativa ao número de pessoas que não se protege contra os raios solares. O sol em excesso é considerado um oponente da pele, o primeiro passo para a doença. “E sabemos que mesmo quem passa protetor solar não faz isso de maneira adequada”, afirma Marcus Maia, coordenador da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele da SBD, responsável pela pesquisa. “Então, até quem acredita estar protegido por causa do filtro, pode sofrer as consequências”, alerta.
O verão é a estação que mais reúne modelos de exposição de risco. Nas praias e nas piscinas, o corpo, sobretudo o feminino, ficam esticados, banhados pelo intenso sol desde o começo do manhã até o fim da tarde.
Se o procedimento já fere o conselho de poupar os raios ultravioletas, entre 10h e 16h, reproduzida há décadas pelos especialistas, o sinal do biquíni resultado do comportamento, também é a prova de que a proteção não foi apropriada. “Ficar vermelho e ardendo só mostra que a proteção falhou”, diz Maia.
Este indicativo é característico de quem deseja recuperar a ausência de bronzeado nas outras estações do ano e fica estampado na pele de 55% dos banhistas, após um dia de praia, conforme verificou outra pesquisa realizada pela SBD.
Usar óculos de sol, chapéu e camisetas é o mais indicado para quem não deseja comprometer a saúde da pele. O bronzeado excessivo também seria impossível se a quantidade de protetor solar aplicado cumprisse as recomendações – para um indivíduo de 70 quilos são necessários 40 ml de protetor fator 30 por aplicação.
Uma das pesquisas realizadas pelo AC Camargo, apontou que os atacados pelo câncer de pele possui pelo menos duas vezes mais risco de criar outros tipos de câncer do que o restante da população. Um tumor do tipo melanoma é mais complexo, seu tratamento é difícil e a cirurgia corretiva acarreta cicatriz.
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