Passar por uma ocasião de estresse agudo, como perder emprego, divorciar-se ou enfrentar algum membro da família, é o principal ensejo de recaídas para tabagistas em tratamento. Dos 820 pacientes avaliados por uma análise do Incor (Instituto do Coração), 257 conseguiram parar com o vício por um certo período, mas voltaram a fumar. Somente 276 conseguiram largar de vez o cigarro. O restante ou desistiram do tratamento ou nunca conseguiram parar de fumar.
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O relatório publicado neste ano pelo congresso da SRNT (Society for Research on Nicotine and Tobacco), nos Estados Unidos, analisou o desenvolvimento clínica de pacientes alistados no PAF (Programa de Assistência ao Fumante) – um programa criado pela cardiologista Jaqueline Scholz Issa, diretora do Programa Ambulatorial de Tratamento do Tabagismo do Incor.
O programa admite a efetivação de apreciações retrospectivas do tratamento de cada paciente e investiga qualidades comuns àqueles que apresentaram sucesso ou insucesso no combate ao tabaco. Outras decorrências importantes mostradas no estudo, além do stresse agudo, acarretado pela recaída, foram a intensa ansiedade e a negligência (quando o paciente pensa que fumar um único cigarro não acarretará novamente em vício).
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“Conhecendo mais detalhes sobre o tabagismo, poderemos alertar os pacientes de como essas situações de estresse e ansiedade interferem no tratamento. Voltar a fumar, embora possa aliviar momentaneamente o sofrimento e o desconforto, não vai resolver o problema: vai criar mais um”, diz Jaqueline.
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