Um novo estudo americano descobriu um dispositivo pelo qual o organismo se protege do vírus HIV. Os especialistas identificaram uma substância chamada SAMHD1, presente em algumas células no sistema imunitário, as quais evitam que o DNA das células seja contaminado pelo vírus. As decorrências que foram divulgada no início da semana na revista Nature Immunology, podem ser essenciais para novos tratamentos terapêuticos que buscam retardar o desenvolvimento do vírus da Aids.
Estudos anteriores já haviam notado que as células do sistema imunológico que contém a proteína SAMHD1, são resistentes ao vírus da Aids. Desde então especialistas vêm tentando compreender melhor a atuação dessa proteína.
Infecção
Quando o vírus HIV se aloja no corpo, ele infecta o DNA das células e o usa para se reproduzir. Os pesquisadores descobriram que a proteína SAMHD1 extingue o DNA que é raptado pelo HIV deixando o vírus sem ter como se desenvolver. “A SAMHD1 priva o vírus de se multiplicar. O HIV entra nas células, mas nada acontece, pois não tem como fabricar seu DNA”, afirma o coordenador do estudo, Nathaniel Landau. Como decorrência a composição mais simples do vírus não consegue contaminar as células de defesa, porém é capaz de se replicar em outras.
Segundo os autores do estudo, o HIV é extremamente inteligente ao incidir no organismo. Para a ciência, saber qual é o modo que as proteínas SAMHD1 são capazes de proteger o organismo contra o vírus pode proporcionar novos tratamentos para Aids. Segundo Nathaniel, proteínas em células carentes de SAMHD1 pode ser uma saída. “Esse é um momento muito excitante nas pesquisas sobre HIV. Muitos dos segredos do vírus estão sendo revelados e estamos aprendendo muito sobre como o nosso sistema imunológico funciona”, diz Nathaniel.
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