O governo perdeu 61,2 milhões de reais graças ao grande número de candidatos que faltaram no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), que aconteceu neste final de semana. Embora o prejuízo seja menor que o ano passado, o índice de abstinência do Enem 2011 representa mais de um quarto do total de inscritos para as provas, 5,3 milhões de candidatos. Segundo o governo, foi perdido 45 reais por aluno inscrito que não compareceu ao exame.
Apesar de muitos pensarem que o governo consegue uma grande quantia de dinheiro com o Enem, em decorrência da taxa de inscrição, não é o que acontece. É cobrado 35 reais por aluno para que ele possa realizar a prova, porém 71% são isentos. Além disso, o custo de aplicação do Enem teve aumento de 190% em um ano: saltou de 128,5 milhões de reais, em 2010, para 372,5 milhões de reais.
A unidade federativa que teve maior índice de faltosos foi o Distrito Federal, com 34,12% do total de candidatos. Amazonas fica em segundo lugar e Roraima em terceiro, com 32,86% e 32,43%, respectivamente. O menor índice é do Piauí, 21, 41%. Santa Catarina e Acre também obtiveram as porcentagens mais baixas, de 22,41% e 22,78%.
O Enem 2011 apresentou número recorde de inscritos: 5.367.092. A média nacional de abstenção no Enem 2011 é de 25,29%.
Nesta segunda-feira, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação responsável pelo Enem, deve divulgar as provas realizadas nesse domingo. Os gabaritos serão divulgados até quarta-feira, no site do Inep.
O MEC afirmou ainda que não houve nenhum caso grave de incidente durante a realização das provas. Apesar do comentário, algumas ocorrências foram registradas. Como por exemplo, no sábado, um jornalista conseguiu se credenciar como fiscal da avaliação, sendo que o Inep havia prometido que apenas profissionais treinados participariam como tais. Além desse, o assunto da redação vazou uma hora depois do início da prova, porém o Inep alega que o vazamento ocorreu depois da entrega das primeiras provas.
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