Muitos pais sequer imaginam que sua filha adolescente possa ter uma vida sexual ativa. Talvez por acha-la ainda uma criança, por questões religiosas, ou ainda por simplesmente não saber como agir acabam ignorando as conversas a respeito do tema e só se dão conta do assunto quando o inesperado – e indesejado – acontece: a gravidez.
Claro, o baque é inevitável, mas não é exatamente algo raro. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmam que o Brasil tem a segunda maior taxa de gravidez entre adolescentes menores de 19 anos. Porém, mesmo que os dados sejam extensos em dizer que não se trata de uma raridade, é preciso tomar uma decisão e de tudo que possa ser dito a respeito das atitudes, uma delas é a mais certa: a fúria pouco vai adiantar.
Tudo bem que uma gravidez na adolescência está longe de ser aquilo que os pais sonharam, porém é preciso lidar com o assunto. Atitudes como briga, castigo, expulsão de casa ou casamento forçado são erros dos mais comuns cometidos por quem não sabe o que fazer. Além da vida de sua filha, há outra vida em jogo e que merece respeito.
O que fazer?
– Apoie: O primeiro passo é lembrar que agora ela precisa de amor e não de recriminações. A recriminação a esta altura é puro tempo perdido, mas nunca é tarde para uma conversa: aliás, necessárias devidas as mudanças e ajustes que a chegada de um bebê exige. A maternidade muda a vida de sua filha para sempre, portanto é preciso dar força para a garota neste momento tão importante.
– Esqueça a ideia de casamento: Normalmente a primeira delas tem a ver com o pai do bebê: é muito comum que os pais desejem o casamento, mas isso não deve ser forçado. Lembre-se que filhos criados em um casamento sem amor podem sofrer mais do que pais separados ou filhos de mãe solteira.
– Faça com que ela assuma a responsabilidade: Outro ponto importante tem a ver com as responsabilidades envolvida quando há uma criança a caminho. Tudo bem que a futura mamãe precisa ser acolhida e ter o afeto, mas também deve assumir o papel de mãe. Nada de os avós assumirem a criança e criando o bebê como se fossem os pais. Ensine a adolescente a cuidar do bebê, mas deixe bem claro que não é mãe desta nova criança.
– Incentive sua filha a continuar seus estudos: Se existe um aspecto prático no qual você pode contribuir é justamente ajudar com que ela possa pensar em futuro. Incentive a garota a continuar estudando: há meninas que deixam os estudos de lado por julgar que não seja necessário ou por ter vergonha da barriga crescendo. Incentive a garota a continuar cuidando de sua educação e assim garantir estabilidade e independência para si mesma e seu filho.
Lembre-se: apoio é fundamental para o bem estar de sua filha e do bebê que ela espera. Os caminhos que a vida toma podem não ser os esperados ou os tão sonhados, mas é importante fazer com que ele possa ser trilhado da melhor forma possível.
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