O golpe que encerrou cinco décadas de regime de Bashar al-Assad na Síria na manhã de domingo reverberou intensamente no meio cinematográfico global. Para muitos cineastas sírios, o fim do governo autoritário é motivo de alívio, mas também de apreensão quanto ao futuro sob o comando dos rebeldes islâmicos do Hayat Tahrir al-Sham.
Após 13 anos de guerra civil, que deixaram mais de 500 mil mortos e milhões de deslocados, cineastas sírios e ativistas expressam um misto de alegria e preocupação. “Este é um sonho que todos nós tivemos”, disse Orwa Nyrabia. “Mas é doloroso ver isso após tantas perdas desnecessárias”.
Cineastas sírios expressam visões diferentes sobre o futuro do país. O diretor Sam Kadi descreveu o momento como um dos mais felizes de sua vida, enquanto o documentarista Hassan Akkad, vencedor do BAFTA, alertou para os desafios da reconstrução do país. Já o CEO da MAD Solutions, Alaa Karkouti, expressou uma visão cautelosa, questionando quem controla as armas e destacando os riscos de novas interferências externas.
Cineastas acreditam que o cinema e a TV terão um papel crucial na reconstrução da Síria, ajudando a promover a recuperação e a unidade do país.