Formas de evitar cicatrizes após cirurgia plástica

A cirurgia plástica pode deixar cicatrizes.

A cirurgia plástica é envolvida por alguns mitos, como, por exemplo, há pessoas que acreditam que esse tipo de intervenção não deixa cicatrizes, o que não é verdade. A cicatriz nada mais é do que parte do processo de recuperação e reconstituição do tecido, portanto, qualquer cirurgia deixa cicatriz.

Agora falaremos da existência de fatores que são decisivos tanto na formação de uma boa cicatriz como outros que resultam na complicação do processo cicatricial.

Cicatrizes patológicas

Existem, basicamente, duas formas de cicatrizes patológicas, ou seja, que fogem do “normal” para o processo cicatricial:

  • Hipertrófica: a cicatriz é mais grossa que o normal, que não ultrapassa os limites da ferida. Não há nenhum outro sintoma.
  • Queloidiana: Além de mais grossa que uma cicatriz normal, ela ultrapassa os limites e ganha proporções bem maiores do que a ferida. Pode ser acompanhada de outros sintomas incômodos como coceira, ardor ou até mesmo dor.

A queloide é a complicação de cicatrização mais temida e ocorre mais frequentemente nos indivíduos de pele negra. Ter queloide não significa que qualquer cicatriz formada será patológica, pois o que acontece é que o indivíduo desenvolve esse distúrbio em uma região e não em outra, sendo, portanto, imprevisível.

Seu aparecimento tem a ver com fatores genéticos e não como resultado de erro médico, ao contrário do que muita gente pensa.

Fatores que interferem na cicatriz

A boa recuperação e o resultado excelente na formação da cicatriz dependem tanto do paciente quanto do médico.

  • Localização: as cicatrizes devem ser localizadas em áreas onde possam ser camufladas, passando despercebidas. Os cirurgiões procuram esconder as marcas da cirurgia em áreas de dobra e pregas naturais da pele, deixando-as quase que imperceptíveis. A incisão deve ser feita respeitando o sentido de tensão dos tecidos.
  • Repouso: após a cirurgia plástica, o período de repouso é fundamental para uma boa qualidade da cicatriz, especialmente se estas forem localizadas em áreas de grande movimentação como os braços e pernas. Esforços físicos e exposição solar devem ser evitados.
  • Idade: crianças menores de 5 anos ou idosos com mais de 70, surpreendentemente possuem cicatrização melhor do que a dos jovens. A cicatriz nesses indivíduos pode praticamente desaparecer com o tempo.

Tratamento para cicatrizes patológicas

Quem passou pela cirurgia e sofreu com o surgimento de uma queloide, não precisa se desesperar, pois há tratamentos que podem reverter o quadro e deixar a cicatriz mais discreta ou que até mesmo prevenir as cicatrizes patológicas.

  • Remoção cirúrgica: o método mais indicado para remoção de cicatrizes patológicas já formadas e que deve ser associado à radioterapia superficial.
  • Betaterapia: tratamento mais moderno e que visa à prevenção de complicações. Esse procedimento anula a proliferação anormal das células responsáveis pela formação da cicatriz e propicia a ocorrência tranquila do processo cicatricial. O tratamento é realizado com um aparelho que emite radioatividade, e geralmente são necessárias 10 sessões com intervalo de 24 horas, para se obter o efeito desejado.
  • Fraxel: Um aparelho de laser de erbium fracionado, que promete resolver o problema em apenas 5 sessões.

Com a evolução dos tratamentos estéticos, não é preciso deixar de se submeter às cirurgias plásticas por medo das cicatrizes, pois hoje elas podem ter sua aparência melhorada tanto por ações médicas como do próprio paciente. Se, na pior das hipóteses, ocorrer formação de queloide, não é preciso se desesperar, pois atualmente estão disponíveis tratamentos rápidos e efetivos contra esses distúrbios da cicatrização.

Cicatriz hipertrófica

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