Greve dos Professores em Minas Gerais

Imagem: Rodrigo Lima / UOL

Um novo capítulo na paralisação dos professores da rede estadual de Minas Gerais começou hoje: o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais decidiu descumprir a decisão da justiça que determinava a suspensão imediata da greve, que de acordo com o portal IG já dura 105 dias.

Com o descumprimento da liminar, concedida no dia 16, o sindicato se arrisca ser multado por cada dia da greve irregular. Segundo informações do G1, os valores de multa estão previstos para serem contabilizados desde ontem (19). Para o primeiro dia a pena é prevista em R$ 20 mil, com acréscimo de R$ 10 mil até a quantia de R$ 50 mil. Chegada a esse valor e a desobediência continuar, a pena passa a ser de R$ 50 mil por dia até que se acumule o valor máximo, de R$ 600 mil. Porém, o sindicato declarou que entrou com recurso contra a decisão que ordenava a volta imediata dos professores ao trabalho.

Apesar do pedido de recurso, de acordo com o portal o Governo do Estado declarou que com a determinação da justiça em suspender a greve, o movimento acabou perdendo força e que ontem (19) 35 das escolas afetadas já haviam retornado às aulas. Porém, o sindicato afirma que 50% dos professores ainda estão parados.

Reivindicações e impasses

A greve começou no dia 8 de junho sob reinvindicação dos servidores do pagamento de um piso salarial de R$ 1.597,87 para jornada de 24 horas, porém aceitaram negociar um piso de R$ 1.187,97 para uma jornada semanal de 40 horas conforme regulamentado pelo MEC.

Por sua vez, o governo do estado alega que este valor já é pago, porém calculado em conjunto com benefícios e de forma proporcional as horas trabalhadas e acena com uma proposta de R$ 712,20 para quem tem vencimentos menores que este, a serem pagos a partir de janeiro de 2012.

Contratação de 12 mil professores substitutos.

Em uma tentativa de minimizar os problemas, na quarta (14) o governo do estado anunciou que iria contratar 12 mil professores substitutos para todas as séries do ensino fundamental e médio. Segundo informações do G1, a medida tenta assegurar que os alunos da rede – composta por 4 mil escolas e 2,4 milhões de estudantes – tenham a carga horária de aulas previstas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

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