Os funcionários de três aeroportos de grande circulação do Brasil prometem entrar em greve com duração de 48 horas na quinta-feira (20). A iniciativa é uma forma de protesto contra a privatização dos aeroportos de Brasília, Cumbica em São Paulo e Campinas.
“Acreditamos que os aeroportos são estratégicos para o Brasil”, disse em uma nota o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (SINA), Francisco Lemos.
Outros aeroportos também podem aderir a greve, segundo informações da assessoria de impressa do SINA, que afirma que há “muita disposição por parte dos trabalhadores” que não estão a favor da proposta do governo em privatizar esses aeroportos.
A realização da votação da greve acontece nesta terça-feira (18) em uma assembléia em Campinas, no aeroporto de Viracopos (possível ‘vítima’ da privatização). O sindicato informou que ontem (17) a paralisação foi aprovada “quase por unanimidade”.
O objetivo dos trabalhadores é fazer com que a greve afete a fiscalização do pátio e controle do tráfego aéreo, causando problema nos processos de pousos e decolagens.
“Não é vendendo o patrimônio público para a iniciativa privada que vamos agilizar a modernização dos aeroportos”, comentou Lemos.
“O controle da malha aérea brasileira tem de ficar sob controle do Estado Nacional, por se tratar de uma questão de segurança e soberania. A Infraero precisa continuar no controle dos aeroportos”, terminou ele.
A Infraero, entretanto, garantiu que os aeroportos funcionarão normalmente na quinta e sexta-feira, afirmando que a paralisação não afetará em nada os vôos. Tal informação foi concedida a pedido da Exame.com.
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