Inflação e crise financeira faz com que as greves sejam mais frequentes

Nos últimos tempos, as greves tem despertado a preocupação dos brasileiros. Recentemente, as paralisações vêm acontecendo em setores cruciais da economia, mas elas vem chamando a atenção não por sua existência, mas sim pela demora e pelos embates nas negociações.

A razão disso é um cenário que está longe de ser agradável. A crise internacional e a aceleração da inflação têm feito as possibilidades de acordo algo ainda mais penoso e também trago prejuízos a sociedade: setores como carteiros e bancários estão paralisados; em Minas Gerais, até ontem (27) os professores da rede estadual estavam de braços cruzados. Recentemente, as obras da Copa 2014 também tiveram a situação de atraso piorada devido a paralisação de seus trabalhadores.

Quanto maior a inflação, mais difícil negociar reajustes

De acordo com o portal IG, o problema é especialmente a inflação, descrita por coordenador de relações sindicais do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) José Silvestre Prado de Oliveira da seguinte forma: quanto maior a inflação, também maior será a dificuldade na hora de negociar. E o percentual acumulado em 12 meses até setembro desde ano foi de 7,4%, enquanto no ano passado, esse número era de 4,4%.

Qualquer aumento negociado por trabalhadores neste sentido é sempre reajuste que proporcione ganho real, sem que a quantia a mais conquistada seja consumida pela alta de preços. Empresários alegam que qualquer aumento acaba sendo financiado pelo consumidor, e caso os reajustes sejam expressivos demais a longo prazo, pode frear seu impulso no consumo. Por sua vez, empregados afirmam que negociações salariais sempre tem como base o passado, sendo que 2010 foi um ano bom para a economia.

Parece que o impasse está um pouco longe do fim.

 

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