Mais de 4 mil pessoas morrem todos os anos por causa do linfoma no Brasil. O levantamento foi realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), que também aponta o registro de 10 mil casos da doença todos os anos. Nos últimos 20 anos, a incidência de linfoma praticamente dobrou. O problema é que a população desconhece esse tipo de câncer, o que dificulta o tratamento.

Por isso, no Dia Internacional de Conscientização de Linfomas, que é comemorado no dia 15 de setembro, foi marcado por campanhas destacam principalmente a importância das pessoas conhecerem os sintomas da doença e procurar um médico para tratamento imediato.
70% da população não sabe o que é linfoma
O diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Carlos Chiattone, afirma que 70% das pessoaso não sabem o que é linfoma. “O linfoma é a sexta principal causa de câncer no Brasil, mas a maioria da população desconhece o linfoma e quais são os sintomas”, disse Chiattone. Ele acredita na necessidade de mais campanhas informando sobre a doença.
A presidenta da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), Merula Steagall, disse que é preciso identificar o linfoma o quanto antes para aumentar as chances de cura. “Uma pesquisa da Abrale aponta que 32% das pessoas foram diagnosticadas com linfoma no exame de check-up, sem apresentar sinal nenhum. É importante as pessoas fazerem os exames anuais e estar atentas para a saúde”.

Sintomas do linfoma
Pessoas mais pobres morrem mais de linfoma por falta de atendimento, graças a saúde pública precária, e por falta de conhecimento. Nódulos no pescoço, axilas, virilha, febre, suor profundo à noite e perda de peso, são alguns dos sintomas mais comuns do linfoma.
Os linfomas são cânceres que acometem as células do sistema imunológico e podem se manifestar em qualquer lugar do corpo em que tenha células linfáticas. Eles se dividem em dois grupos: Hodgkin e não Hodgkin. O primeiro grupo tem um índice de cura que gira em torno de 90% e o segundo grupo é mais complexo, sendo que pode ter mais de 50 subtipos com manifestações clínicas e prognósticos distintos. O tratamento é feito geralmente por quimioterapia, radioterapia e transplante de medula óssea.
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