Tudo começou na Mesopotâmia. Na antiguidade, os habitantes dessa região utilizavam matérias-primas da natureza para enfeitar o corpo e mais tarde, o rosto. Os pós eram retirados de plantas, muitas delas conhecidas por nós até hoje. Os sumérios, por exemplo, trituravam açafrão, terra vermelha, hena, carvão, fuligem, índigo e frutas, pricipalmente as vermelhas e roxas e as aplicavam como maquiagem.
Até mesmo um produto tóxico, o sulfito de antimônio, era usado para escurecer os olhos e sombrear as pálpebras! Claro que com o passar dos séculos, o hábito de enfeitar-se mudou de geração para geração e há que se levar em conta, além da época, a cultura de cada um dos povos. Porém, todos temos algo em comum: adoramos nos enfeitar!
O que muda, sobretudo hoje, é a segurança dos produtos utilizados. Mas a novidade do século 21 fica por conta da função da maquiagem, que ganhou ares de “tratamento”, quando sua formulação engloba substâncias que tratam, protegem e rejuvenescem a pele.
Com a ajuda da tecnologia, nossa maquiagem pode nos proteger dos raios de sol, muito prejudiciais ultimamente, ajudar no controle da oleosidade, combater sinais da idade e manter a hidratação em ordem.
E que mulher não gostaria de fazer tudo isso de uma vez só, ou seja, maquiar-se e tratar da pele, sem ter que fazer isso em etapas e com um mínimo de tempo gasto?
Pois é justamente isso que atrai mais e mais consumidoras para as linhas de maquiagem que embelezam e tratam. Contudo, isso não substitui os cuidados que você deve ter diariamente.
A quantidade de hidratante contida numa maquiagem é bem menor do que a que deve ser usada no dia-a-dia e isso vale para todos os produtos que tratam a oleosidade, realizam lifting (existem bases e sombras que depois de secas “repuxam”a pele e dão um efeito de plástica!), cuidam das acnes ou revitalizam a pele. Mas funciona mesmo? Para quem nunca usou um desse produtos, a oferta pode parecer jogada de marketing.
Pelo contrário: para que uma maquiagem que contenha produtos de tratamento possa ser comercializada, ela deve ser submetida à aprovação da ANVISA, o órgão do governo que fiscaliza o uso de cosméticos (tão perigosos quanto remédios, em alguns casos) e isso quer dizer que, qualquer produto que diga em sua embalagem que contém protetor solar fator 15, passa pelo teste. Ou seja: qualquer um deles é mais eficiente e controlado do que muitas maquiagens populares que compramos e confiamos “porque sempre estiveram no mercado”.
A fórmula nada secreta
Na composição das maquiagens que tratam, são usados os mesmos princípios ativos dos cométicos específicos, só que em quantidade bem menor. Os hidratantes contém glicerina e ceramidas; os que controlam a oleosidade usam zinco, que ajuda a fechar os poros e ajuatar a função das glândulas sebáceas e finalmente, os anti-idade usam pricípios antioxidantes e as vitaminas para realizar o rejuvenescimento da pele.
Todos os anos, a indústria da beleza gasta milhões em pesquisas e isso parece estar funcionando: nossa maquiagem, apesar de estar na fase inicial das transformações, tem mesmo dupla função.
Experimente, mas continue seu tratamento!
Apesar de ultramodernas, este tipo de maquiagem ainda está longe de ser um tratamento completo. Os dermatologistas aconselham a continuar os tratamentos específicos e não abandonar os cuidados básicos de todos os dias: lavar o rosto várias vezes, usar sabonetes neutros, hidratar a pele e nunca deixar o filtro solar de lado.
Para as adolescentes, os cuidados devem ser redobrados, pois a pele está em plena transformação e acnes, execesso de oleosidade, escamações e outros problemas podem ser agravados pelo uso da maquiagem de dupla função.
No final, vale o bom senso, como em tudo…
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