Banco Cruzeiro do Sul Submetido à Intervenção do Banco Central
Autoridade Monetária Indica FGC como Administrador Especial Temporário
O Banco Central do Brasil divulgou na segunda-feira passada a intervenção no Banco Cruzeiro do Sul, com sede em São Paulo, através do Regime de Administração Especial Temporária (RAET). A decisão foi tomada em consequência do descumprimento de normas aplicáveis ao sistema financeiro e da verificação de insubsistência em itens do ativo.
Segundo a autoridade monetária, o regime de intervenção foi estabelecido pelas cinco próximas meses, e durante esse período, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) será o administrador especial temporário do banco.
O que é o Regime de Administração Especial Temporária (RAET)
O RAET é um regime previsto na legislação em vigor, com prazo restrito, no qual o Banco Central troca os administradores da instituição por um conselho de diretores ou por uma pessoa jurídica particularizada, com o objetivo de retificar processos operacionais ou suprimir falhas que possam comprometer o funcionamento da instituição.
Como afeta os negócios da instituição e os credores e devedores
Embora o regime de intervenção tenha sido estabelecido, o banco Cruzeiro do Sul continuará a funcionar normalmente, podendo realizar todas as operações para as quais está autorizado. Em consequência, é preservada a relação dos credores e dos devedores com a instituição. Assim, tanto os compromissos de terceiros com a instituição quanto suas dívidas continuam a vencer nos prazos originalmente contratados.
Panorama atual da instituição financeira
O banco Cruzeiro do Sul é uma entidade financeira de pequeno porte que, em dezembro do ano passado, possuía ativos que bancavam somente 0,22% do total de ativos do sistema financeiro e 0,35% dos depósitos. No entanto, a instituição financeira é liberada para atuar com as carteiras comercial, de investimentos e de câmbio. Ela está presente em sete estados brasileiros, com agências em São Paulo e Rio de Janeiro, e filiais em Campinas, Belém, Salvador, Recife, Palmas e Macapá.
Apoio da autoridade monetária
O Banco Central está tomando todas as medidas cabíveis para apurar as responsabilidades, nos termos de suas competências legais de supervisão do sistema financeiro. Os resultados das apurações poderão levar à aplicação de medidas punitivas de caráter administrativo e à comunicação às autoridades competentes, observadas as disposições legais aplicáveis. Além disso, os controladores e os ex-administradores das instituições ficam indisponíveis.
Resíduos
A intervenção no Banco Cruzeiro do Sul é mais um exemplo da resoluta ação da autoridade monetária brasileira em proteger o sistema financeiro e os depositantes. A medida garante a estabilidade da instituição financeira e a preservação dos interesses dos credores e devedores.