O mais novo escândalo de corrupção envolvendo o nome do ministro do Esporte Orlando Silva traz mais uma “novidade”: pelo menos R$ 1,3 milhão do dinheiro do ministério foi parar em contas bancárias de empresas fantasmas ou sem relação com o produto vendido para o programa Pitando a Cidadania. Isso indica que Orlando tem atuações maiores do que a do caso do programa Segundo Tempo.
De acordo com a apuração foram emitidos cheques de R$ 364 mil, R$ 311 mil, R$ 213 mil, R$ 178 mil, R$ 166 mil e R$58 mil. O proprietário de uma empresa destinatária dos cheques alega desconhecer o que foi vendido, afirmando que “arranjou” a nota fiscal para que um amigo pudesse receber o dinheiro do ministério.
A venda de “tecidos, algodão e tinta” que deveria satisfazer o programa Pintando e Cidadania para “fomentar a prática do esporte por meio de distribuição gratuita de material esportivo e promover a inclusão social de pessoas de comunidades reconhecidamente carentes”, parece não ter acontecido de forma legal. A compra desses produtos foi feita através da suposta empresa Automatec Tecnologia e Serviços, que recebeu o cheque de R$ 311 mil, porém o dono disse desconhecer a ONG responsável pelo programa, o Instituto Pró-Ação, que possuía um convênio com o ministério.
Outra suposta empresa que recebeu cinco cheques foi a Contemporânea Comércio e Serviços responsável pela venda de “agulhas, fios de costura e tecidos”. “A empresa não está mais funcionando. Faz tempo que não temos atividade”, disse o dono da empresa, Edinaldo Moraes. Ele afirmou que fez a intermediação da venda com fornecedores da ONG. As informações estão sendo analisadas e confirmadas.
O presidente e dono da ONG Pró-Ação, Zilmar Moreira da Silva, diz desconhecer o esquema de fraude e empresas fantasmas. “Elas ofereceram o menor preço”, afirmou ele quando questionado sobre a escolha dos fornecedores. “Tenho quase certeza de que isso não é verdade”, concluiu, afirmando não saber do sistema corrupto.
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