O governo federal anunciou no último mês o programa “Ciência sem Fronteiras”, que oferece 100 mil bolsas de estudos para brasileiros em 30 universidades no exterior e que deve atrair pesquisadores estrangeiros para o Brasil. O objetivo do programa é a formação de recursos humanos altamente qualificados nas melhores universidades e instituições de pesquisas estrangeiras, para promover a tecnologia nacional, estimular pesquisas que gerem inovação e, conseqüentemente, aumentem a competitividade das empresas brasileiras.
Segundo a presidente Dilma Roussef é necessário formar profissionais nas áreas de ciência da computação, informática, engenharia, física e química para que o País dê um salto em termos de economia, por isso a prioridade será na área de ciências exatas onde o mercado brasileiro possui maior deficiência de mão de obra qualificada.
As bolsas abrangerão cursos de graduação, doutorado, pós-doutorado, treinamento, estágio e pesquisa e começaram a ser distribuídas em 2012. Terão prioridade os alunos que forem melhor colocados no Programa Universidade para Todos (ProUni), no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), além do equilíbrio de etnias, classes sociais e regiões do país.
A pré-seleção dos alunos que receberão bolsas do programa Ciência sem Fronteiras será realizada pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e ProUni. Estuda-se ainda a proposta do programa vir acompanhado de um curso de línguas, para que os alunos de baixa renda não sejam prejudicados pelo fato de não ter domínio do idioma do país em que estudarão por conta da bolsa de estudos.
Entre as bolsas oferecidas, 27,1 mil serão destinadas à graduação, 24,6 mil terão o foco voltao para o doutoradosanduíche (realizado apneas em parte no exterior) e 9,79 mil irão para doutorados integrais de quatro anos. Além das 8,9 mil bolsas para pós-doutorado, 2,6 mil para estágio sênior, 700 para treinameno de especialistas, 860 para jovens cientistas e 390 para pesquisadores visitantes.
No ultimo dia 16, foram concedidas as primeiras duas mil bolsas de estudos da modalidade sanduíche, o valor de cada uma é de 870 dólares e alguns benefícios, para as universidades dos Estados Unidos e de 870 euros e alguns benefícios para as instituições na Europa.
Essa primeira cota é destinada às mais de 250 universidades e institutos federais de educação tecnológica que participam do Pibic e do Pibiti. Elas deverão selecionar os candidatos às bolsas observando os critérios estabelecidos pelo Ciência Sem Fronteiras (CsF), como experiência em atividades de iniciação científica, desempenho acadêmico destacado, suficiência no idioma do país da universidade ou ter se destacado em olimpíadas científicas como de matemática, química, física etc.
Os estudantes candidatos devem escolher uma das áreas de estudo indicadas como de interesse do CsF: Engenharia e demais áreas tecnológicas; Ciências Exatas e da Terra; Biologia; Ciências Biomédicas e da Saúde; Computação e Tecnologia da Informação; Tecnologia Aeroespacial; Fármacos; Produção Agrícola Sustentável; Petróleo, Gás e Carvão Mineral; Energias Renováveis; Tecnologia Mineral; Tecnologia Nuclear; Biotecnologia; Nanotecnologia e Novos Materiais; Tecnologia de Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais; Tecnologia de Transição para a Economia Verde; Biodiversidade e Bioprospecção; Ciências do Mar; Indústria Criativa; Novas Tecnologias e Engenharia Construtiva, e Formação de Tecnólogos.
O programa deve movimentar entre R$2 bilhões e R$3 bilhões de reais, sendo que 25% do valor será oferecido por empresas privadas e o restante pelo governo federal.
Para mais informações sobre o programa acesse o site oficial.
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