Riscos da fertilização in vitro

A infertilidade pode ser definida como a incapacidade de engravidar após um ano praticando sexo sem uso de nenhum método contraceptivo. Esse problema assola a vida de muitos casais e, de acordo com as últimas pesquisas, a dificuldade para engravidar chega a atingir quase 10% das pessoas em idade reprodutiva. Conheça os riscos da fertilização in vitro.

Confira alguns mitos e verdades sobre a fertilização in vitro.

Os riscos da fertilização in vitro correspondem aos processos realizados em cada fase da terapia. (Foto: divulgação)

Justamente por ter uma incidência tão grande, é possível encontrar uma enorme variedade de tratamentos de fertilidade, sendo que a fertilização in vitro é uma das modalidades mais populares. Nessa terapia o óvulo é fertilizado em laboratório para depois ser reimplantado no útero. O problema é que muitas pessoas não sabem exatamente como a técnica funciona e desconhecem problemas que podem ocorrer.

Riscos da fertilização in vitro

A técnica da fertilização in vitro é realizada por estágios, sendo que os riscos estão associados aos processos utilizados em cada uma das fases. Confira:

  • Síndrome da hiperestimulação do ovário

Esse problema ocorre durante o primeiro estágio da fertilização in vitro, em que os ovários são estimulados por medicamentos. O resultado geralmente é muita dor na região pélvica, decorrente da hiperatividade e aumento do volume ovariano. Essa intercorrência é bastante comum e ocorre em quase 30% de todas as pacientes submetidas à fertilização in vitro.

Normalmente a síndrome de hiperestimulação ovariana tem curso autolimitado e não precisa de intervenção médica, a não ser para a administração de analgésicos. Os casos moderados não são muito comuns e podem causar outros sintomas, como azia, gases, náuseas, vômito, diminuição do apetite.

1 a 2% das mulheres podem acabar desenvolvendo a forma grave do problema, que cursa com sintomas como o ganho súbito de peso, dor abdominal importante, náuseas, vômitos e falta de ar. Esses casos geralmente necessitam de internação.

O risco de gemelaridade é bastante alto. (Foto: divulgação)
  • Hemorragias e infecções

Durante a retirada do óvulo, há um pequeno risco de sangramento e infecção quando é utilizada a técnica de aspiração transvaginal guiada por ultrassonografia. Esse procedimento pode acabar lesando órgãos vizinhos, como o intestino e a bexiga. A laparoscopia é uma medida mais invasiva e pode implicar em complicações como infecção pulmonar, dificuldade para respirar, lesões nervosas e reações alérgicas a medicamentos utilizados.

  • Gravidez múltipla

Muitas mulheres não estão preparadas para terem mais de um filho de uma única vez, e por isso é muito importante lembrar que o risco de gemelaridade na fertilização in vitro é bastante alto. Isso ocorre porque podem ser transferidos mais de um embrião à cavidade uterina.

  • Gravidez ectópica

Cerca de 5% das gestações decorrentes da técnica de fertilização in vitro são ectópicas, ou seja, ocorrem fora da cavidade uterina, sendo que o lugar mais comum é a implantação nas tubas uterinas. Infelizmente essa intercorrência coloca em risco a vida da mulher e, portanto, necessita de uma intervenção radical, com a eliminação do feto.

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A fertilização in vitro é uma técnica que tem ajudado muitos casais a realizarem o sonho de serem pais. (Foto: divulgação)

A fertilização in vitro é uma técnica que veio ajudar muitos casais que desejam realizar o sonho de serem pais. Infelizmente essa tecnologia não é livre de riscos, e é possível haver algumas intercorrências. Converse com seu médico sobre todos os riscos da fertilização in vitro antes de optar pelo procedimento.

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