A talidomida é uma droga distribuída na rede pública e que é utilizada no tratamento da hanseníase. O medicamento já causou bastante polêmica por ser comprovadamente teratogênico, isto é, apresenta a capacidade em provocar má formação em bebês e, por isso, tem seu uso contraindicado no caso de gestação.
O problema é que muitas mulheres desconhecem os riscos desse remédio e acabam fazendo uso durante a gravidez. Esclareças as principais dúvidas a respeito do assunto e saiba mais sobre a talidomida, o medicamento que causa defeitos em bebês.
A história da talidomida
A talidomida começou a ser utilizada como sedativo no final da década de 50, e era dada às mulheres grávidas para combater sintomas típicos do início da gestação, como os enjoos matinais. O problema foi que, durante esse período, o uso da medicação foi associado a restrição do crescimento dos membros dos bebês, que nasciam com sérios problemas de formação dos braços e pernas.
Estima-se que mais de 10 mil bebês ao redor do mundo tenham nascido com defeito físico em decorrência da talidomida, e a droga acabou sendo retirada de circulação em 1962. Entretanto, no Brasil, a droga foi reintroduzida depois de 3 anos, quando começou a ser utilizada no tratamento da hanseníase.
Uma visão atual sobre a talidomida
O Brasil é o segundo país no ranking mundial de casos recorrentes de hanseníase, ficando atrás apenas da Índia. Anualmente são diagnosticados cerca de 30 mil casos da doença, e a quantidade de pílulas de talidomida distribuídas à população é imensa.
Uma pesquisa nacional recente, que comparou a distribuição das pílulas de talidomida com a ocorrência de bebês portadores de defeitos de membros, apontou uma relação direta entre a prevalência das más formações e o uso da medicação na população em geral. Quanto maior a quantidade de pílulas distribuída por estado, maior foi o número de bebês portadores de problemas.
Como resolver a situação
O maior culpado por esse tipo de problema é a falta de educação da população com relação à saúde. Para piorar a situação também existe o hábito de dividir medicamentos com outras pessoas sem a orientação médica.
No Brasil, o uso da talidomida é bastante restrito e, para prescrever a medicação, o médico deve se certificar de que a paciente esteja fazendo uso de duas formas contraceptivas e também solicitar um teste para detectar gravidez.
A talidomida é uma das drogas preconizadas pelo Ministério da Saúde no tratamento de hanseníase e distribuída gratuitamente pelo sistema público. Entretanto as mulheres devem ficar atentas, pois essa medicação é capaz de provocar más formações em bebês.
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