Taquicardia na gravidez: o que fazer

O ritmo cardíaco é controlado por sinais elétricos, de modo a permitir que o sangue seja bombeado através das câmaras cardíacas para os vasos sanguíneos, e dali para os tecidos. Quando ocorre alguma mudança no sistema cardiovascular, pode haver o aumento dos sinais elétricos, resultando em taquicardia.

A taquicardia é uma condição natural durante a gestação. (Foto: divulgação)

A taquicardia é o nome que recebe o aumento da frequência cardíaca, considerada normal quando entre 60 a 100 batidas por minuto em um adulto em repouso. Muitas pessoas não sabem, mas a gestação é uma condição que pode fazer com que o ritmo cardíaco fique acelerado. Esclareças as principais dúvidas e saiba o que fazer com a taquicardia na gravidez.

Por a frequência cardíaca aumenta na gravidez

O aumento da frequência cardíaca é um dos sintomas mais comuns de gravidez, e pode ser percebido praticamente em qualquer momento da gestação. A principal causa dessa alteração é a presença do feto no útero, que faz com que o coração materno tenha que trabalhar mais para suprir as necessidades da mulher e do seu bebê.

A importância de uma adequada circulação uterina para manter uma gestação é tão grande que, ao final de uma gravidez, estima-se que por volta de 1/5 do sangue da mulher acaba sendo desviado para o útero, correspondendo a um aumento no volume de sangue corporal de 30 a 50%. O resultado é uma necessidade cardíaca de bombear mais sangue para suprir adequadamente todo o organismo, e a forma que o organismo encontra de atingir esse ponto de equilíbrio é fazendo com que o coração pulse mais rápido.

Principais sintomas de taquicardia

 Entre os principais sintomas da gestante com taquicardia é possível destacar:

  • Pulso acelerado;
  • Respirações mais curtas e superficiais;
  • Tonturas e vertigens;
  • Batedeira no coração (palpitações).
A tontura pode ser um sinal de taquicardia gestacional. (Foto: divulgação)

O que fazer

Caso a gestante perceba alguns desses sintomas, é necessário procurar auxílio médico, para que sejam realizados alguns testes e assegurar que não exista nenhuma anormalidade no funcionamento cardíaco que possa indicar outra doença. A avaliação costuma contar com exames como o eletrocardiograma (ECG) e, em casos específicos, com um Holter, que controla a atividade cardíaca por 24 horas.

Na maioria dos casos não é necessário entrar com nenhum tipo de medicação, e o acompanhamento médico regular se faz necessário apenas para prevenir complicações. Para auxiliar no tratamento vale a pena investir em uma boa dieta, praticar exercícios regularmente e, principalmente, monitorar o ganho de peso. Também é recomendado eliminar do cardápio alimentos capazes de aumentar a frequência cardíaca, como a cafeína, álcool e tabaco.

Para prevenir complicações é importante observar o ganho de peso. (Foto: divulgação)

A taquicardia na gravidez é uma alteração que visa a adaptação do corpo materno à presença do feto em formação, e por isso nem sempre pode ser considerada um problema. Para assegurar uma gestação tranquila, é preciso que as grávidas saibam identificar essa condição e procurar auxílio médico para que seja excluída a hipótese de outros problemas de saúde.

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