Dezenas de ativistas derrubaram um portão e invadiram, por volta das 2h desta sexta-feira (18 de outubro), o laboratório do Instituto Royal, localizado na cidade de São Roque, a 59 km de São Paulo. Dezenas de animais foram levados pela Guarda Municipal da cidade e a Polícia Militar. O motivo da invasão é que os animais estavam sofrendo maus-tratos. Os cães estavam em salas sujas, com clara falta de limpeza.
Manifestantes acusam empresa de tratar mal cães da raça beagle
Os cachorros da raça beagle eram utilizados em pesquisas e testes de produtos cosméticos e farmacêuticos e manifestantes estavam acusando a empresa de tratar os bichinhos mau. De acordo com os ativistas, uma denúncia anônima havia alertado que os cães estariam sendo sacrificados desde às 14 h de quinta-feira (17 de outubro) por meio de métodos cruéis e que os corpos dos cães estariam sendo ocultados em um porão.
Instituto Royal defende-se das acusações
O Instituto Royal declarou que fazem todos os testes com animais seguindo as normas e exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que a retirada dos bichinhos do prédio está prejudicando os trabalhos da companhia. De acordo com o laboratório, que classificou a invasão como ato de terrorismo, a ação dos ativistas vai contra o incentivo a pesquisas no Brasil. Além dos cães, ratos e coelhos eram usados no local.
No ano passado, em 2013, depois de receber uma denúncia contra o Instituto Royal, o Ministério Público de São Roque realizou a abertura de uma investigação, ainda não concluída. “Foram feitas duas visitas. Uma delas por uma veterinária de uma organização internacional. Na época, nenhuma irregularidade foi encontrada”, disse o promotor Wilson Velasco Júnior.
Ele explicou que as pesquisas eram de companhias de cosméticos, mas a lei permite que os clientes do laboratório sejam mantidos em sigilo. Velasco Júnior declarou que a prática de vivissecção – a dissecação de animais vivos para estudos – é autorizada aqui no Brasil.
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