Tratamento de hepatite C com três novos medicamentos, é o que está avaliando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que pretende adotar, em breve, novas drogas para tratar, na rede de saúde pública, os pacientes que sofrem com essa doença.

De acordo com o órgão, a decisão se deve aos pedidos de informações feitos por sociedades médicas e associações de pacientes, recebidos pela agência a respeito da avaliação de novas terapias para o tratamento da hepatite C no Brasil.
Ainda segundo a Anvisa, o Ministério da Saúde solicitou prioridade para a análise do registro de dois dos medicamentos, o Daclatasvir e o Sofosbuvir, enquanto o terceiro, Simeprevir, está em processo de análise pela agência.
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Tratamento de hepatite C com três novos medicamentos

Os três novos medicamentos para tratamento de hepatite C, que estão sendo avaliados pela Anvisa, apresentam como benefícios o tempo reduzido de tratamento (12 semanas) e um percentual maior de cura, além da vantagem do uso oral (as drogas atuais são injetáveis).
Caso sejam realmente adotados, os novos medicamentos poderão beneficiar cerca de 60.000 pacientes do SUS, nos próximos dois anos, considerando a expectativa de aumento de pessoas com diagnóstico de hepatite C e a incorporação de pacientes HIV positivos que também estejam infectados com a doença.
Falando nisso, outra vantagem dessas novas drogas, que já foram adotadas em 10 países, é que elas podem ser usadas nos pacientes soropositivos, o que não acontece com os medicamentos ofertados atualmente no sistema.
Aprovação passa também pela Conitec

Além da Anvisa, os medicamentos Simeprevir, Daclatasvir e Sofosbuvir também são analisados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (Conitec), para que então possam ser utilizados.
É necessário que o uso deles obedeça às regras da Comissão, que garantem a proteção do cidadão quanto ao uso e à eficácia dos remédios, através da comprovação da evidência clínica e o custo-efetividade dos produtos.
Sobre a hepatite C

Causada pelo vírus C (HCV), a hepatite C pode ser transmitida por meio da transfusão de sangue, compartilhamento de objetos de higiene pessoal (como lâminas de barbear e depilar), material para uso de drogas, alicates de unha e acessórios para fazer tatuagem e colocar piercing, entre outras formas.
Estima-se que de 1,4% a 1,7% da população brasileira tenha a doença, presente principalmente na faixa etária acima dos 45 anos.
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