Definição da doença
A Síndrome da Fadiga Crônica é uma doença que até o momento não possui uma explicação plausível para o seu desenvolvimento. Ela é um problema sério, de difícil tratamento. Não apenas os médicos possuem dificuldades para tratar essa doença, também os familiares e o próprio doente sentem imensa dificuldade para lidar com o problema.
A Síndrome da Fadiga Crônica não possui causa determinada, o que dificulta ainda mais seu diagnóstico. Uma informação importante é que a patologia não diminui a expectativa de vida do paciente acometido, apesar de ser considerada uma doença grave, por acometer a qualidade de vida.
Quadro Clínico
Além da fadiga, que compõe o nome da doença, outros sinais e sintomas podem estar presentes como:
- Dificuldade de concentração e “memória fraca”;
- Dor de garganta;
- Dor muscular;
- Dor articular;
- Dor de cabeça;
- Dificuldades para dormir;
- Linfonodos discretamente aumentados e dolorosos;
- Exaustão após esforço físico ou mental, mesmo após 24 horas de repouso.
Esses são os sintomas clássicos, porém, vários outros podem ocorrer como tonturas, diarreia, alergias, tudo dependerá do grau de acometimento da doença no indivíduo.
É importante ter em mente que nem todas as pessoas que apresentam fadiga são portadores da Síndrome da Fadiga Crônica. Pelos estudos, foi demonstrado que apenas 10% dos pacientes que se queixam de cansaço crônico, efetivamente possuem critérios para o diagnóstico dessa síndrome.
Causas
Como foi anteriormente mencionado, mesmo após muitos estudos, as causas da Síndrome da Fadiga Crônica ainda não foram desvendadas. O que se sabe até o momento é que algumas infecções e doenças podem preceder o quadro, a principal delas é a infecção de vias aéreas respiratórias. Porém, o motivo e a relação existente ainda é uma incógnita.
Outras doenças que podem precipitar o quadro da síndrome:
- Depressão;
- Anemia por carência de ferro;
- Alterações hormonais;
- Pressão baixa crônica;
- Fibromialgia.
Epidemiologia
Em relação a prevalência, sabe-se que a doença é mais comum em pessoas jovens e adultos de média idade, sendo duas vezes mais comum entre os indivíduos do sexo masculino.
Diagnóstico
Antes de tudo é preciso saber que a síndrome da fadiga crônica é um diagnóstico de exclusão, ou seja, é preciso ter certeza que o cansaço e os sintomas não são causados por nenhuma outra doença identificável. Após excluir as possíveis hipóteses que poderiam justificar o cansaço, o indivíduo precisa apresentar essa queixa presente nos últimos seis meses e, ainda, associada a pelo menos 4 dos 8 sintomas descritos anteriormente.
Tratamento
Infelizmente, até o momento, não existe um tratamento satisfatório para a doença. Sabe-se que dentre todos os tratamentos já avaliados, os que realmente fornecem uma melhora dos sintomas são a psicoterapia e exercícios físicos regulares. O exercício deve ser iniciado com cargas muito leves, tendo lento e progressivo aumento conforme o paciente tolere, para não piorar os sintomas.
Não podemos subestimar os sintomas. A incapacidade em se documentar as queixas dos pacientes muitas vezes leva a uma errada interpretação de que estão fingindo ter uma doença. Porém, a Síndrome da Fadiga Crônica deve ser encarada como uma doença de verdade, sendo necessário um acompanhamento médico, detalhado e preciso.
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