USP lidera ranking das melhores universidades da América Latina

A USP (Universidade de São Paulo) aparece pela segunda vez sucessiva como a primeira colocada no ranking das melhores universidades da América Latina. A lista foi publicada hoje pela QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma entidade internacional de pesquisa educacional que pondera a performance de instituições de Ensino Médio, Superior e Pós-Graduação.

A USP já aparecia na liderança no ano passado, ano em que o ranking foi lançado. Entre os atributos considerados pela organização estão: a reputação acadêmica, reputação com empregadores, média de artigos por professor, citações por artigo, educadoras com pós-doutorado, e impacto na internet. A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) aparece logo atrás da Pontifícia Universidade Católica do Chile, na terceira posição.

Segundo o relatório, o Brasil possui 65 instituições no ranking das 250 melhores universidades da América Latina, sendo o país mais representado. Logo atrás aparece México (46), Colômbia (34), Chile (30), Argentina (26), Peru (10), Equador (6), Venezuela (6), Cuba (5), Uruguai (4), Costa Rica (3), Paraguai (3), República Dominicana ( 3), Bolívia (2), El Salvador ( 2), Panamá (2), Guatemala (1), Nicarágua (1) e Porto Rico (1).

Segundo a consultoria, “o forte posicionamento do Brasil no ranking pode ser atribuído a um esforço nacional em aumentar o acesso ao Ensino Superior, com o número de matrículas triplicado na última década e com políticas para aumentar a qualidade e a quantidade de pesquisas acadêmicas”.

Ela também destaca a produção acadêmica nas instituições. “O Brasil tem nove universidades, entre as dez latinas com mais trabalhos acadêmicos por docentes, e tem nove do total de dez com maiores proporções de docentes com PhD”, afirma Danny Byrne, coordenador do ranking.

“No ranking mundial da QS World University do ano passado vimos três universidades brasileiras entre as top 400, o que indica que há um crescimento do reconhecimento mundial, enquanto este ranking nos mostra uma indiscutível liderança regional”, indica Ben Sowter, chefe de pesquisa da QS intelligence Unit.

Sowter elogia a ampliação no número de vagas em instituições federais e o programa Ciência Sem Fronteira, que levará 100 mil estudantes para intercâmbio no exterior. “Iniciativas com o objetivo de promover a mobilidade internacional também demonstram um aumento na percepção de que capital em recursos humanos e em pesquisa são a solução para a competitividade global”, afirmou.