O sedentarismo representa um grande mal do século XXI e resulta em sérios problemas de saúde. Quem leva uma vida sedentária, ou seja, sem praticar atividades físicas, tem maiores chances de sofrer com dores nas costas, artrite e artrose, além de comprometer a agilidade e os reflexos. O sedentarismo também favorece outras doenças, como obesidade, diabetes, pressão alta e problemas cardíacos.
Muitas pesquisas já foram realizadas para identificar o impacto da vida sedentária sobre a saúde das pessoas. Recentemente, um estudo descobriu que passar menos tempo sentado ajuda a viver mais.
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Permanecer muito tempo sentado reduz expectativa de vida
De acordo com um estudo realizado pelo Pennington Biomedical Research Center em Baton Rouge, nos Estados Unidos, sentar menos pode prolongar a expectativa de vida. Os autores do trabalho concluíram que as pessoas que passam menos tempo sentadas desfrutam de 1,4 anos a mais. Os resultados da pesquisa foram publicados na versão virtual da revista BMJ Open.
Para chegar às conclusões, os pesquisadores norte-americanos analisaram uma grande amostra populacional, ou seja, quase 167 mil pessoas adultas que tinham participado de outros estudos nos Estados Unidos. Foram vários dados coletados com relação ao tempo empregado em determinadas atividades, como assistir TV. Também foi necessário fazer a revisão das pesquisas que associavam o tempo em que cada indivíduo passa sentado às principais causas de mortes, como diabetes e doenças cardíacas.
Ao desenvolver o novo estudo, os autores se basearam numa técnica que leva em conta os fatores de risco da população. Eles alertaram ainda que a pesquisa não avalia o perigo que cada indivíduo sofre ao permanecer sentado por muito tempo, mas sim o efeito do estilo sedentário sobre a longevidade. Peter Katzmarzyk e I-Min Lee, especialistas responsáveis pelo estudo americano, afirmaram também que as estimativas são teóricas.
Após a revisão de tantos dados coletados, conclui-se que quem assiste menos de duas horas de televisão por dia amplia o tempo de vida em um ano e quatro meses. Outras tarefas que o indivíduo desenvolve sentado, como jogar videogame e usar o computador, também representam riscos para a saúde, pois são indicadores de uma vida sedentária.
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Opinião de outro especialista
Embora o artigo da pesquisa tenha sido publicado no BMJ Open, alguns estudiosos de outros países não se mostraram surpresos com os resultados. Para David Spiegelhalter, pesquisador da Universidade de Cambridge, as análises representam um estudo de populações, mas não revelam ao certo quais os benefícios de ‘sair do sofá’.
David Spiegelhalter acredita também que os resultados só reforçam o que já se sabia, isto é, que as gerações futuras estão arriscadas diante do impacto do sedentarismo sobre a saúde. Entretanto, como poucas pessoas permanecem menos de três horas sentadas por dia, a pesquisa norte-americana pode servir de alerta para que as americanos se movimentem mais.
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